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Usina que pode afetar toda a internet no Brasil tem construção autorizada




A construção da usina de dessalinização da Praia do Futuro, em Fortaleza, foi autorizada pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU-CE). O empreendimento tem causado polêmica por representar um risco para a estabilidade da internet brasileira, já que a estrutura fica próxima dos cabos submarinos de conexão que passam pela cidade.

De acordo com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), o próximo passo é solicitar o requerimento da emissão de Licença de Instalação da Planta. A previsão é que a construção seja iniciada em março de 2024, no máximo. 

O projeto começou a causar um embate entre as organizações governamentais do Ceará e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), já que um suposto rompimento dos cabos submarinos da região poderia causar um apagão na internet de todo o Brasil. 

O sistema de cabos realiza a ligação entre o Brasil e outros países do mundo, inclusive em pontos da Europa e América do Norte. Em direção ao sul, as ligações passam pela costa brasileira e também chegam a locais como o litoral da região sudeste.

Tais cabos utilizam tecnologia de fibra óptica, que permite a transmissão de dados em alta velocidade e viabiliza a internet da forma que se conhece atualmente. Contudo, o conserto de cabos danificados pode ser um processo demorado e caro. 


Cagece e Anatel discordam em relação à usina


A Cagece já realizou alterações no projeto para levar as obras para mais longe dos cabos submarinos, e também alegou que não há nenhum risco para o funcionamento da infraestrutura de conexão. Segundo a SPE - Águas do Ceará, isso “foi demonstrado com mais de 20 pareceres de órgãos técnicos ambientais”. 

Contudo, a Anatel emitiu um parecer técnico que manteve a oposição à construção da usina no último dia 11. Um grupo de trabalho não chegou a um acordo em relação à segurança da construção para os cabos, e as operadoras de telefonia permanecem com um receio de apagão. 

As obras da usina de dessalinização possuem previsão para término no início de 2026, por meio de um consórcio com investimento previsto de R$ 3,2 bilhões. Quando pronta, a estrutura deve auxiliar no fornecimento de água potável a regiões necessitadas, especialmente em períodos de seca. 

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